terça-feira, 30 de outubro de 2012

“Rio +20 não fracassou”

O historiador José Augusto Pádua diz que EUA, ONU e nacionalismos impediram avanço maior no texto final da conferência

HELDER FERREIRA
Não se pode dizer que a Rio +20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável realizada entre os dias 13 e 22 de junho, tenha sido um sucesso de público e crítica.
Além do grande descontentamento que provocou em ambientalistas e ONGs – que a acusaram de ser um retrocesso na questão ambiental –, o evento esteve no epicentro de um escândalo envolvendo um vazamento, feito pelo WikiLeaks, de telegramas diplomáticos que revelavam o interesse dos EUA em adiar a data do evento para 2017.
Em entrevista à CULT, José Augusto Pádua, ex-coordenador da área de florestas do Greenpeace na América Latina e pro­fessor na UFRJ e na Unicamp, comenta o assunto.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que esperava um docu­mento final da Rio +20 mais ambicioso. Concorda com essa visão?
Na verdade, trata-se de uma afirmação bastante hipócrita do secretário-geral. A própria ONU definiu a falta de ambição do encontro ao estabelecer que ele seria apenas de revisão, e não de avanços subs­tantivos na negociação internacional. A posição dos EUA, o método de decisão por consenso e a postura de todos os paí­ses, que sempre priorizam seus interesses nacionais, fizeram o resto. Só os ingênu­os esperavam que o documento oficial tivesse qualquer relevância prática ou, pelo menos, oferecesse grandes avanços conceituais.
Qual o interesse dos EUA em ter de­sejado adiar a Rio +20?Os EUA são hoje a principal barreira para uma transição global em direção à sustentabilidade. Há lá um padrão de vida extremamente individualista, consumista e dependente dos combustíveis fósseis. Uma enorme parcela do eleitorado não aceita questionar esse padrão e simplesmente nega as evidências empíricas que indi­quem a necessidade de mudanças (como no caso do aquecimento global).
Os políticos, mesmo os mais lúci­dos, ficam amarrados por essa realidade eleitoral e a diplomacia, independente­mente de governos republicanos ou de­mocratas, assume sempre uma posição espantosamente conservadora.
Existe inclusive a prática absurda de forçar a redução dos avanços nas nego­ciações e, quando o resultado já está medí­ocre, negar-se depois a assinar o tratado ou a declaração. Ou seja, negocia-se apenas para impedir avanços que prejudiquem a economia insustentável do país que mais degrada o ambiente planetário.
Quais serão os desdobramentos da Rio +20?
O fracasso da negociação oficial não significa que a Rio+20 tenha fracassado. Existem avanços consideráveis ao nível das sociedades, da ciência, da educação e da comunicação. Esse tipo de encontro auxilia a intensificar o debate internacional.
A articulação de prefeitos de cidades do mundo todo, por outro lado, foi muito fecunda e pode produzir resultados con­cretos. Observo também posições cada vez mais arrojadas em alguns setores do empresariado. Os avanços na opinião pú­blica, na educação e na economia terão que produzir, em algum momento, efeitos concretos na esfera política e nas futuras negociações diplomáticas. Mas o processo vem sendo bem mais lento do que esperá­vamos na década de 1990.

Retirado de http://revistacult.uol.com.br/home/2012/10/%E2%80%9Crio-20-nao-fracassou%E2%80%9D/, em 30/10/2012.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Você viu o que eu vi na Rio+20 / Cúpula dos Povos?

Roda de conversa com representantes de grupos e organizações que estiveram presentes na Rio+20/ Cúpula dos Povos.


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Você viu o que eu vi na Rio+20 / Cúpula dos Povos?

Debate com representantes de organizações e grupos que estiveram presentes neste histórico momento de encontro com povos de várias partes do mundo.



domingo, 14 de outubro de 2012

UFABC PARA TODOS



Todo ano, a Universidade Federal do ABC abre suas portas para a comunidade. A visita ocorrerá entre os dias 18 e 19 de Outubro (Quinta-Feira e Sexta- Feira). Diversas atividades acontecerão neste período como oficinas, palestras, exposição de filmes, entre outros.

É neste evento que o Grupo UFABC+20 contará suas experiências com o evento de Desenvolvimento Sustentável Rio +20. As apresentações do grupo acontecerão durante todo dia.

A programação completa está disponivel neste link: http://www.ufabc.edu.br/images/stories/pdfs/Eventos/programao_ufabcptds.pdf

O grupo UFABC+20 se apresentará nos seguintes horários:





Seminário “Cidades Saudáveis e Sustentáveis: conceitos e desafios”


O Fórum Suprapartidário por uma São Paulo Saudável e Sustentável convida para o seminário “Cidades Saudáveis e Sustentáveis: conceitos e desafios". Com este seminário, o Fórum pretende analisar e debater conceitos de cidades saudáveis e sustentáveis, bem como os desafios para que São Paulo caminhe na direção preconizada para que os moradores tenham melhor qualidade de vida, o que inclui a saúde e a contribuição que se espera do poder público, em articulação com os cidadãos, fóruns e redes sociais para uma São Paulo mais saudável e sustentável.


Convidados:

Maurício Broinizi, coordenador da secretaria executiva da Rede Nossa São Paulo, Marco Akerman, médico, Rosilda Mendes, professora, André Trigueiro, jornalista.


Seminário “Cidades Saudáveis e Sustentáveis: conceitos e desafios”

Data: Dia 17 de outubro de 2012, quarta feira

Horário: das 19h00 às 21h30

Local: Auditório Prestes Maia – Câmara Municipal de São Paulo

Endereço: Viaduto Jacareí, 100 – 1º andar – Bela Vista

Promotor: Fórum Suprapartidário por uma São Paulo Saudável e Sustentável



O QUE É O FÓRUM

O Fórum Suprapartidário por uma São Paulo Saudável e Sustentável tem como atribuição “reunir, organizar e formular subsídios e propostas para o Plano Diretor do Município de São Paulo, priorizando aspectos atinentes à sustentabilidade e ao controle social na formulação e execução das políticas públicas a serem definidas no âmbito do Plano Diretor”.

Poderá planejar e desenvolver outras atividades e eventos na perspectiva de transformar São Paulo em uma cidade saudável e sustentável para todos.


CIDADE SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL

Para o Fórum, uma cidade saudável e sustentável é aquela que associa formas de crescimento menos agressoras ao ambiente urbano, redução do uso de energia e otimização do uso dos recursos naturais, integração de políticas públicas orientadas pelo ideal de uma cidade saudável e planejamento da expansão territorial de forma mais sustentável, para garantir às atuais e futuras gerações um ambiente equilibrado e com sadia qualidade de vida.


COMPOSIÇÃO

O Fórum será composto por parlamentares, representantes dos partidos políticos com mandato na Câmara Municipal, por representantes de entidades, instituições acadêmicas e de pesquisa, partidos políticos, movimentos sociais, redes sociais, organizações não governamentais e lideranças representativas da sociedade civil.

FUNCIONAMENTO

Funcionará nas dependências da Câmara Municipal de São Paulo ou em quaisquer outros espaços da sociedade por decisão de seus membros participantes, mediante programação e atividades previamente aprovadas. Contará com estrutura da Câmara para o seu funcionamento e realização das suas atividades. As reuniões do Fórum serão públicas e seus atos e deliberações deverão ser divulgados através dos veículos de divulgação à disposição da Câmara Municipal, em especial o Diário Oficial da Cidade, a TV Câmara São Paulo, a Rádio Web e o Portal da Câmara Municipal de São Paulo.


REGIMENTO INTERNO

O funcionamento do Fórum e a composição do seu grupo executivo são orientados pelo seu regimento Interno.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Dilma elogia resultado final da Rio+20

A presidente Dilma Rousseff abriu a 67ª Assembleia da ONU, em Nova York (EUA). Em seu discurso, a presidente elogiou o resultado final da conferência Rio+20. "Realizamos juntos a maior e mais participativa conferência da história das Nações Unidas, no que se refere ao meio ambiente, e pudemos passos firmes rumo à consolidação histórica de um novo paradigma: crescer, incluir, proteger e preservar, ou seja, a síntese do desenvolvimento sustentável", afirmou.

Assista o vídeo.




ONU retoma compromissos da Rio+20 na 67ª sessão

[ONU Brasil ] 22 Set 2012


Os líderes mundiais terão uma ampla gama de desafios globais prementes para resolver ao se reunirem na sede das Nações Unidas na próxima semana, observou o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, ao apresentar a agenda anual de debate de alto nível da Assembleia Geral.

“O debate geral deste ano será um dos mais movimentados da história”, afirmou Ban Ki-moon em uma conferência de imprensa em Nova York. “Isso reflete os tempos tumultuados em que vivemos – uma época de turbulência e transição”.

Mais de 120 líderes mundiais são esperados para participar no debate geral deste ano, que acontece de 25 setembro até 1° de outubro. Além disso, Ban Ki-moon vai sediar uma série de encontros paralelos ao debate, incluindo temas como Estado de Direito, erradicação da poliomielite, desarmamento, energia sustentável e nutrição. Ele também vai lançar uma nova iniciativa, intitulada “Primeiro a Educação”.

67ª sessão retoma compromissos da Rio+20

“A agenda pós-2015 está entre as prioridades da Assembleia Geral da ONU, especialmente a de cumprir os compromissos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20)”, declarou o Presidente da Assembleia, Vuk Jeremic, na abertura da 67ª sessão.

“Nosso objetivo deve ser a plena implementação do mandato que a Assembleia recebeu na Rio+20. Isso vai exigir um compromisso decisivo para observar não apenas os prazos processuais, mas também os objetivos políticos e financeiros que foram projetados para serem cumpridos”, disse Jeremic.

Na abertura realizada na terça-feira 18/9, outros assuntos prioritários também foram colocados em pauta, como o chamado urgente para enfrentar a incerteza política e econômica em muitos países e a solução pacífica para os conflitos internacionais. Segundo Jeremic, a Assembleia Geral também deve se concentar nos oito focos antipobreza provenientes das Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). No encerramento da 66ª sessão, na segunda-feira 17/9, a Rio+20 também foi mencionada. Segundo o presidente dessa sessão, Nassir Abdulaziz Al-Nasser, a conferência no Rio de Janeiro “irá para a História como o momento em que a comunidade internacional renovou sua vontade política e empenho para enfrentar os desafios econômicos, sociais e ambientais interligados”.

Al-Nasser lembrou do papel fundamental da Assembleia Geral em reconhecer as novas autoridades da Líbia após a revolução no país africano e para assegurar um rápido fim para a violência na Síria. Também chamou a atenção para a maior prevenção e resposta a desastres naturais, com ênfase na crise humanitária ocorrida no começo deste ano no Chifre da África.



Retirado de: ONU Brasil. 22 de Setembro e 2012.