quarta-feira, 25 de julho de 2012

Convite: "Café com Políticas Públicas"


Olá. 
Bom, convidamos todos vocês a participar no dia 01 de Agosto de 2012 (Quarta-Feira) às 15hs do Projeto "Café com Políticas Públicas" promovido pela UFABC. O tema do debate será: "Políticas Públicas de Desenvolvimento Sustentável".
Como será uma aula pública, a participação é aberta a todos os interessados e não necessita de inscrição prévia. Ao final, haverá um certificado de atividades complementares para quem participar.
O local do evento será na UFABC unidade São Bernardo do Campo, Bloco Alfa.

Para saber mais, acesse: http://cafecompp.blogspot.com.br ou http:// bpp.ufabc.edu.br

Até a próxima.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Os comuns, um modelo de futuro

 

Ao longo da história, as sociedades inventaram e desenvolveram, principalmente em escala local, modos de gestão coletiva dos recursos naturais visando a assegurar sua sobrevivência e sua prosperidade: os “comuns”. Tratava-se, em certos casos, de administrar a relativa raridade desses recursos e de prevenir os conflitos que essa raridade poderia gerar; muitas vezes, a escolha de um tipo de gestão correspondia à simples constatação de que este permitiria que uma maior quantidade de recursos disponíveis fosse mais bem aproveitada, preservando-os, ao mesmo tempo, para as gerações futuras e garantindo, desse modo, as condições da perpetuação e da renovação de suas sociedades. Essas formas de gestão sobreviveram, evoluindo até hoje, inclusive nos países do Norte. No entanto, os modelos dominantes de desenvolvimento (desde o capitalismo das grandes empresas até ao capitalismo de Estado) tenderam a destruir deliberadamente ou, ao menos, a marginalizar essas formas de gestão, apresentadas como arcaicas. Na realidade, esses “comuns” estão muito longe de serem ineficientes em termos de gestão e preservação dos recursos naturais, a não ser que sejam considerados segundo os critérios de riqueza e desenvolvimento utilizados hoje para medir os limites ambientais e sociais.

Os trabalhos aqui reunidos têm por objetivo demonstrar, através da apresentação de experiências concretas e de análises oriundas de diversas redes e organizações da sociedade civil militante, que os comuns são um modelo de futuro para enfrentar as situações de crise social e ambiental observadas em todo o planeta e os desafios globais, como a mudança climática. Um modelo que oferece muito mais garantias em termos de proteção da integridade do mundo natural, de sustentabilidade, de democracia e de justiça social que os modelos atualmente privilegiados pelos governos, pelas grandes empresas e pelas instituições internacionais.
Nestas últimas décadas, o tema dos “comuns” também assumiu uma importância primordial no campo do saber, da cultura, da informática, da comunicação e até mesmo da saúde, diante do desenvolvimento e do fortalecimento da propriedade intelectual em prol de algumas grandes empresas multinacionais. Seja lá o que possa parecer, existem passarelas entre esses dois campos dos “comuns”, materiais e naturais de um lado, imateriais e culturais do outro. Em primeiro lugar e de modo muito simples, existem inspiração e fecundação recíprocas entre diferentes formas e diferentes modelos de criação e governança dos “comuns”. Em seguida, o campo da propriedade intelectual passa a se estender a uma parte significativa desses próprios recursos naturais através da artificialização e da privatização das sementes, da biopirataria e das patentes sobre os organismos vivos. É impossível separar a parte material da biodiversidade (as plantas e os animais e o seu meio ambiente) de sua parte imaterial (os conhecimentos tradicionais das comunidades que os mantiveram). Inversamente, a propriedade intelectual também se torna um fator de privatização de “bens comuns”, como a água ou o clima, a partir do momento em que sua gestão se torna cada vez mais dependente de inovações tecnológicas (tecnologias “limpas”, tratamento e dessalgamento da água etc.). Enfim, os “comuns” naturais não devem ser necessariamente pensados em termos de divisão (partilha de um bolo), mas – assim como no campo do imaterial e do conhecimento – em termos de multiplicação: as comunidades cuidam dos recursos naturais, asseguram sua renovação e, ao compartilhá-los, elas multiplicam seus usos e seus usuários.

terça-feira, 10 de julho de 2012

"Salve a Comida"




"Em todo o mundo, acredito que temos comida suficiente para alimentar sete bilhões de pessoas, mas o sistema não está funcionando” (Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU , durante a RIO+20)
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Durante entrevista à Radio ONU de Roma, Carlos da Silva economista de agronegócios da FAO explicou que uma parte considerável dos alimentos é perdida entre a produção e a chegada ao consumidor. Acredita-se que o mundo chega a desperdiçar 1,3 bilhão de toneladas de alimentos anualmente.

Somado ao fato de que cerca de 1 bilhão de pessoas, do total de 7 bilhões, passam fome, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) lançou a campanha “Salve a Comida".


"Existe a perda, que é aquilo que acontece com uma quantidade do produto que chega ao consumidor, inferior a que foi produzida, e tem o problema do desperdício. Ou são comprados (alimentos) em excesso – o consumidor não usa tudo e joga fora – ou algumas vezes, o próprio supermercado, no fim do dia, não consegue vender e descarta aquela produção."


O economista da agência afirmou que aproximadamente 30% dos cereais e quase 50% dos vegetais e frutas produzidos mundialmente acabam sendo perdidos.

"Você compra um produto que tem umas folhas que você não consome, mas se puder utilizar aquilo, você pode ter um aproveitamento ótimo e não desperdiçar. Se comprar em excesso, você pode congelar uma parte ou fazer algum outro preparo. E o consumidor é realmente interessado, porque ninguém tem motivação, interesse, de gastar recursos que serão jogados no lixo."


Outro ponto citado foi que os países desenvolvidos são os que mais desperdiçam comida. A agência defende ainda novas tecnologias, melhores práticas e investimentos em infraestrutura para reduzir as perdas de alimentos.


De acordo com um estudo  apresentado pela FAO em maio:
  •  O mundo emergente e os países desenvolvidos desperdiçam aproximadamente a mesma quantidade de alimentos: 670 milhões de toneladas por ano nos países ricos e 630 milhões nos países em desenvolvimento;
  • As médias de desperdício per capita também são muito maiores em países industrializados. Na Europa e América do Norte, cada pessoa desperdiça entre 95 a 115 quilos de alimentos por ano. Na África Subsaariana, a média per capita é de seis a 11 quilos.


    Durante a Rio+20, o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, também alertou para o problema: “enquanto tivermos um bilhão de pessoas indo dormir toda noite com fome, não seremos capaz de dizer que vivemos em um mundo sustentável". Ele também elogiou o governo brasileiro pelo “FOME ZERO” citando o sucesso do programa.
A iniciativa Salve a Comida já conta com 50 parceiros, no entanto, a agência busca envolver o setor privado e as organizações sem fins lucrativos. Vale a pena apoiar, não?






por Juliane Galindo
Confira entrevista com especialista da FAO


quinta-feira, 5 de julho de 2012

Discurso do Presidente José Mujica

Cumbre Río +20 / 20.6.12 


Autoridades presentes de todas la latitudes y organismos, muchas gracias. Muchas gracias al pueblo de y a su Sra. presidenta, Dilma Rousseff. Muchas gracias también, a la buena fe que han manifestado todos los oradores que me precedieron.
Expresamos la íntima voluntad como gobernantes de apoyar todos los acuerdos que, esta, nuestra pobre humanidad pueda suscribir.

Sin embargo, permítasenos hacer algunas preguntas en voz alta.

Toda la tarde se ha hablado del desarrollo sustentable. De sacar las inmensas masas de la pobreza.

¿Qué es lo que aletea en nuestras cabezas? ¿El modelo de desarrollo y de consumo que queremos es el actual de las sociedades ricas?

Me hago esta pregunta: ¿qué le pasaría a este planeta si los hindúes tuvieran la misma proporción de autos por familia que tienen los alemanes? Cuánto oxígeno nos quedaría para poder respirar?

Más claro: ¿tiene el mundo los elementos materiales como para hacer posible que 7 mil u 8 mil millones de personas puedan tener el mismo grado de consumo y de despilfarro que tienen las más opulentas sociedades occidentales? ¿Será eso posible?
¿O tendremos que darnos otro tipo de discusión?

Hemos creado esta civilización en la que hoy estamos: hija del mercado, hija de la competencia y que ha deparado un progreso material portentoso y explosivo.

Pero la economía de mercado ha creado sociedades de mercado. Y nos ha deparado esta globalización, cuya mirada alcanza a todo el planeta.

¿Estamos gobernando esta globalización o ella nos gobierna a nosotros?

¿Es posible hablar de solidaridad y de que “estamos todos juntos” en una economía que basada en la competencia despiadada? ¿Hasta dónde llega nuestra fraternidad?

No digo nada de esto para negar la importancia de este evento. Por el contrario: el desafío que tenemos por delante es de una magnitud de carácter colosal y la gran crisis que tenemos no es ecológica, es política.

El hombre no gobierna hoy a las fuerzas que ha desatado, sino que las fuerzas que ha desatado gobiernan al hombre. Y a la vida.
No venimos al planeta para desarrollarnos solamente, así, en general. Venimos al planeta para ser felices. Porque la vida es corta y se nos va. Y ningún bien vale como la vida. Esto es lo elemental.

Pero la vida se me va a escapar, trabajando y trabajando para consumir un “plus” y las sociedad de consumo es el motor de esto. Porque, en definitiva, si se paraliza el consumo, se detiene la economía, y si se detiene la economía, aparece el fantasma del estancamiento para cada uno de nosotros.

Pero ese hiper consumo es el que está agrediendo al planeta.

Y tienen que generar ese hiper consumo, cosa de que las cosas duren poco, porque hay que vender mucho. Y una lamparita eléctrica, entonces, no puede durar más de 1000 horas encendida. ¡Pero hay lamparitas que pueden durar 100 mil horas encendidas! Pero esas no, no se pueden hacer; porque el problema es el mercado, porque tenemos que trabajar y tenemos que sostener una civilización del “úselo y tírelo”, y así estamos en un círculo vicioso.

Estos son problemas de carácter político. Nos están indicando que es hora de empezar a luchar por otra cultura.

No se trata de plantearnos el volver a la época del hombre de las cavernas, ni de tener un “monumento al atraso”. Pero no podemos seguir, indefinidamente, gobernados por el mercado, sino que tenemos que gobernar al mercado.

Por ello digo, en mi humilde manera de pensar, que el problema que tenemos es de carácter político. Los viejos pensadores –Epicúreo, Séneca y también los Aymaras- definían: “pobre no es el que tiene poco sino el que necesita infinitamente mucho”. Y desea más y más.

Esta es una clave de carácter cultural.

Entonces, voy a saludar el esfuerzo y los acuerdos que se hagan. Y lo voy acompañar, como gobernante. Sé que algunas cosas de las que estoy diciendo "rechinan". Pero tenemos que darnos cuenta de que la crisis del agua y de la agresión al medio ambiente no es la causa. La causa es el modelo de civilización que hemos montado. Y lo que tenemos que revisar es nuestra forma de vivir.

Pertenezco a un pequeño país muy bien dotado de recursos naturales para vivir. En mi país hay poco más de 3 millones de habitantes. Pero hay unos 13 millones de vacas, de las mejores del mundo. Y unos 8 o 10 millones de estupendas ovejas. Mi país es exportador de comida, de lácteos, de carne. Es una penillanura y casi el 90% de su territorio es aprovechable.

Mis compañeros trabajadores, lucharon mucho por las 8 horas de trabajo. Y ahora están consiguiendo las 6 horas. Pero el que tiene 6 horas, se consigue dos trabajos; por lo tanto, trabaja más que antes. ¿Por qué? Porque tiene que pagar una cantidad de cosas: la moto, el auto, cuotas y cuotas y cuando se quiere acordar, es un viejo al que se le fue la vida.

Y uno se hace esta pregunta: ¿ese es el destino de la vida humana?

Estas cosas que digo son muy elementales: el desarrollo no puede ser en contra de la felicidad. Tiene que ser a favor de la felicidad humana; del amor a la tierra, del cuidado a los hijos, junto a los amigos. Y tener, sí, lo elemental.

Precisamente, porque es el tesoro más importante que tenemos. Cuando luchamos por el medio ambiente, tenemos que recordar que el primer elemento del medio ambiente se llama felicidad humana."



terça-feira, 3 de julho de 2012

+ olhares do grupo

Bom, como prometido, ai estão os relatos dos outros componentes do grupo UFABC+20:

"Foi uma grande e boa experiência ter participado de um evento global tal como foi a Rio+20 e a Cupúla dos Povos. Estar presente em um lugar onde todos os povos, culturas, desejos, propostas e expectativas se encontraram me fez pensar em qual é o verdadeiro papel da sociedade nas tomadas de decisões de alto grau de importância para todos. É curioso, e ao mesmo tempo estranho, quando confrontamos os resultados tanto da Conferência Oficial da ONU para a Sustentabilidade quanto da Cúpula dos Povos (evento "não-oficial"). Quem realmente está interessado em um desenvolvimento global mais sustentável, que proteja a biodiversidade, se preocupe com as futuras gerações, extingua a miséria extrema do planeta e garanta os direitos fundamentais pra qualquer cidadão? Em que os governos estão mais interessados, em garantir os direitos de educação, saúde, moradia para seu povo ou em continuar sendo marionetes das grandes corporações? É fato que este sistema em que vivemos é falho, mas qual seria o sistema ideal? O que seria prioridade e quais seriam os meios? Quem faria parte dele? E pensando em uma instância mais pessoal, qual é nosso papel para esse atual sistema continuar ou ser substituido por outro (melhor ou pior)? São inúmeras perguntas e muitas delas não possuem respostas, mas devem ser pensadas com certa frequência. É nosso papel, como formadores de opinião, questionar tudo o que acontece e tentar chegar em uma conclusão própria.  
No mais, a viagem foi ótima. O Rio de Janeiro é espetacular. As praias e as noites cariocas são sem explicação e eu não vejo a hora de voltar. É isso!" 
Kaio Nogueira

"A nossa ida ao Rio de Janeiro foi muito importante para podermos ver de perto que mais uma vez nossos líderes nos deixaram na mão, optando por cuidar dos interesses locais e novamente não se importando com o futuro do planeta, mas por outro lado foi incrível ver que a sociedade civil está tomando força e se unindo para lutar pelo futuro que queremos. A Cúpula dos Povos mostrou pessoas cheias de esperança, ideias e soluções para acabar com os problemas que estamos enfrentando, tanto ambientais quanto sociais e econômicos, inspirando todos que por ali passaram. Ficou mais do que evidente que sem os líderes certos nunca poderemos chegar ao futuro que queremos, mas com certeza os eventos não oficiais serviram para mostrar a força da sociedade civil e provar para o mundo que se a população fosse ouvida, conseguiríamos mudar nosso planeta para melhor. Outro fato importante da nossa visita foi poder observar as mudanças históricas da cidade e conhecer de perto a realidade do Complexo do Alemão, experiências incríveis que nunca vou esquecer." Rafael Amorim Fernandes
"O Rio+20 foi um evento maravilhoso, os eventos oficiais apesar de extremamente importantes para lembrar ao mundo a questão ambiental e a necessidade de se criar um sistema mais sustentável, foi um tanto demagogo e abrangente demais, deixando a desejar em definição de metas e acordos internacionais de cooperação para uma mudança efetiva. Porém o mais impressionante de todo este período sem dúvida foi a Cúpula dos Povos, ao chegar no Aterro do Flamengo e presenciar tanta esperança, fé e ativismo em diferentes causas, culturas e povos, foi emocionante e inspirador. A troca de conhecimento promovida a partir das atividades autogestionadas, que apresentaram diversos casos locais, uniram pessoas que estão engajadas na questão ambiental, social e até espiritual, para uma fusão de idéias e uma expansão de ideais que nos permitiu acreditar na mudança do sistema através da formação das pessoas e das pequenas às grandes ações. " Mirian Pires
"A Rio +20 foi uma das experiências mais incriveis da minha vida. Poder participar de um momento histórico como esse e ter a oportunidade de ajudar a tentar transformar de alguma maneira o futuro do nosso planeta para mim como aluna de engenharia ambiental e urbana é uma realização. Poder participar da mobilização da sociedade, das várias culturas e dos vários povos e saber que existem milhares de pessoas unidas com o mesmo objetivo: Lutar por uma sociedade mais justa social e ambientalmente, lutar pelas gerações futuras e pela saúde do nosso planeta. É importante saber que nem todos se calam numa sociedade onde as políticas socio ambientais são ineficientes e os governantes dão pouca atenção a problemas tão notáveis como a crise ambiental, energética, da produção de alimentos e das grandes cidades.....A Rio +20 acontece 20 anos após a Eco-92 e nesse período muito se discutiu sobre meio ambiente e sustentabilidade mas pouco se fez. Que daqui a 20 anos na Rio +40 possamos ter um balanço positivo, não apenas em discussões mas em atitudes, resultados e ações....temos mais 20 anos pela frente para colocarmos em prática o futuro que queremos!" Jéssica Nakamura


Aguardem novas postagens. Até a próxima!

por Thami Izumi da Cruz


domingo, 1 de julho de 2012

O olhar do grupo sobre a Rio+20

Bom, hoje o post será um pouco diferente. Acredito que a experiência de ter ido à Rio+20 e participado da Cúpula dos Povos foi incrível para todo o grupo e, portanto, merece este relato individual.


A diversidade de culturas, gêneros, religiões e problemáticas foi um dos principais destaques da Cúpula dos Povos. Muitos de nós nos deparamos com problemas que jamais pensávamos ter existido. Os debates foram relacionados a diversos temas que envolviam questões sociais, políticas, econômicas, religiosas e ambientais como o Novo Código Florestal. 
Enfim, apesar de muitos debates que ocorreram na Rio+20, muito ainda deve ser discutido. O grupo UFABC+20 viu muita coisa acontecer no Rio, mas cada um enxergou de uma maneira diferente. O olhar de cada um será descrito a seguir com breves relatos dos nossos companheiros sobre toda a experiência que vivemos nos dias em que passamos lá. 
Deixamos também toda nossa expectativa e esperança de que a Rio+20 não passe desapercebida e que tudo que foi discutido aqui seja     realmente considerado pelos chefes de estado.




"O Rio+20 apresentou-se como um evento que abrangeu diversas áreas da cidade do Rio de Janeiro como o Aterro no flamengo, em Copacabana e outros. A própria cidade ostenta uma rica história de ocupação e modelos de urbanização em função de outrora ter sido a capital do Brasil e sede da coroa portuguesa no país. O rio+20 apresentou diversos temas envolvendo questões sociais, culturais, político, ambiental e até urbanístico. A própria cidade apresenta na região de Copacabana uma grande mobilidade humana e um ótimo padrão de urbanização mesclado com comércio o que permite um deslocamento sem a necessidade de carros individuais como ocorre em São Paulo. Em função das escolhas as principais atividades vivenciadas envolveram temas nas questões ambientais como as influências das hidroelétricas na região da Floresta amazônica, o novo código florestal, os aspectos políticos envolvidos nas tomadas de decisões, o papel da sociedade e a importância da consciência dos mesmo para o rumo de um crescimento sustentável conciliando preservação e recuperação com crescimento econômico." Thiago Bueno de Araújo 

"A Rio+20 foi uma experiência incrível! A diversidade cultural e de opiniões é realmente inexplicável e deveria sempre agregar e não causar brigas. Com discussões inteligentes e respeitosas conseguimos chegar em soluções melhores. Após essa viagem conclui que o respeito pelo próximo e pelo meio ambiente é realmente ESSENCIAL para se começar a tornar esse mundo um lugar melhor!  Uma boa parte das pessoas sabe quais as medidas que podem ser tomadas por enquanto para ajudar e acabam não fazendo  por causa de um pensamento egoísta de que 'se meu vizinho não faz também não farei' ou pensando que não fará nenhuma diferença. Na verdade temos que pensar que agindo localmente teremos efeitos globais. Por vezes a sustentabilidade é apresentada de maneira muito radical, afastando pessoas que não são diretamente ligadas a essa área. É esse pensamento deve ser modificado para que então mudanças concretas possam ser observadas. Que os integrantes do UFABC+20 consigam aplicar tudo o que foi aprendido nessa viagem tanto no âmbito pessoal quanto no profissional! "

Patrícia Caetano do Carmo

"Na Cúpula dos Povos podemos perceber um ambiente alternativo, diversificado, muitos costumes e culturas diferentes e praticamente todo mundo com o mesmo ideal. Ver que no complexo do alemão existia tendas da RIO+20 foi maravilhoso, ver que as pessoas mais pobres não estão totalmente por fora desses grandes eventos, principalmente esse que trata sobre sustentabilidade, já que eles são diretamente afetados. Espero que os assuntos debatidos na Cúpula e que serão levados para o evento oficial não seja só mais um documento, que ele seja colocado em pauta e em pratica no evento oficial, com os chefes de estado." Gabriella Castro

"Tenho imensa satisfação e orgulho de fazer parte do grupo UFABC+20. A experiência que me foi proporcionada gerou momentos únicos que servirão de inspiração para muita coisa. A Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20 foi de suma importância para aprimorar o meu senso crítico e ver que nem tudo é o que parece. Além disso, a Cúpula foi a voz da Sociedade Civil e mostrou que quando unidos, é possível mudar muita coisa, ou tentar (rs). Apesar do documento final ser pouco 'ambicioso', de uma coisa a Rio+20 serviu, a discussão sobre desenvolvimento sustentável foi muito difundida e toma dimensões maiores a cada dia. Enfim, conhecer a cidade maravilhosa em outras visões (visita ao Morro do Alemão) também foi uma experiência que não será fácil de esquecer. O grupo UFABC+20 voltou do Rio de Janeiro mais unido do que nunca, os debates e a motivação proporcionados pela viagem deu mais incentivo para a continuidade do projeto. " Thami Izumi da Cruz


"
A Rio+20 superou minhas expectativas e esclareceu alguns de meus preconceitos, não pela Conferência em si, mas sim pela diversidade cultural, urbana, paisagística presentes no Rio de Janeiro, cidade bela até mesmo em suas mais tristes chagas. Foi muito forte para mim perceber que as pessoas realmente, se se unirem, podem realizar diferentes e infinitas atividades que nos permitem vislumbrar uma nova realidade em diferentes perspectivas, e o mais importante: mudá-las. A Rio+20 não se resume a documentos, e sim a atitudes e ações de seres humanos do mundo inteiro que estão preocupados ou simplesmente tentando entender como viver em harmonia nessa nossa casa chamada Terra. " David Batista 

"O mais incrível da viagem foi perceber a quantidade de pessoas que vieram de outros lugares para participar da Cúpula dos Povos. A mobilização de pessoas foi muito importante e serviu para expor pequenas ações que acontecem não só pelo Brasil, mas pelo mundo. Esse evento que foi realizado para a participação de todos enfatizou justamente que a questão ambiental está diretamente ligada à questão social. Não adianta queremos viver num mundo sustentável sem melhorar as condições sociais. Para nós que participamos, essa viagem teve a função de ver como temas da Rio + 20 foram abordados nos eventos paralelos, conhecer a dinâmica da cidade do Rio de Janeiro e principalmente integrar o grupo de alunos da UFABC que teve a oportunidade de se conhecer melhor.  " Deborah Ayres



"O que mais me surpreendeu na Cúpula dos Povos foi a intensa presença da diversidade. Diversidade étnico-racial, diversidade religiosa, diversidade musical, diversidade de ideologias, diversidade cultural. Vi e ouvi praticamente de tudo. Tinham pessoas de norte a sul e de leste a oeste do Brasil, pessoas da América Latina, Europa, África... Aliás, os índios, nunca tinha tido contato tão grande com a comunidade indígena como desta vez na Cúpula dos Povos. O índios lotavam as calçadas em troca da venda de artesanatos. Se eles não estavam em maioria, se destacavam perante a maioria em razão dos seus diferentes trajes. Foi um contato muito interessante! Nas plenárias, quando se faziam intervenções, eu escutava as mais diversas reivindicações. Conflitos que eu nem imaginava que existiam apareciam com destaque ali. A voz era do povo. Era tudo incrivelmente do povo por ali. A Cúpula realmente foi dos Povos e, na minha op inião, deveria existir com maior frequência. O povo quer ser escutado, quer debater problemas, quer mostrar sua cultura, quer se unir." 
Patrícia Maissa




Bom, por enquanto é isso. 
Aproveito o espaço para lembrar que os documentos finais oficiais da Cúpula dos Povos e da Rio+20 já foram disponibilizadas. Os links estão abaixo.


Até a próxima!

por Thami Izumi da Cruz