"Em todo o mundo,
acredito que temos comida suficiente para alimentar sete bilhões de pessoas,
mas o sistema não está funcionando” (Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU ,
durante a RIO+20)
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Durante entrevista à Radio ONU de Roma, Carlos da Silva economista de agronegócios da FAO explicou que uma parte considerável dos alimentos é perdida entre a produção e a chegada ao consumidor. Acredita-se que o mundo chega a desperdiçar 1,3 bilhão de toneladas de alimentos anualmente.
Somado ao fato de que cerca de 1 bilhão de pessoas, "Existe a perda, que é aquilo que acontece com uma quantidade do produto que chega ao consumidor, inferior a que foi produzida, e tem o problema do desperdício. Ou são comprados (alimentos) em excesso – o consumidor não usa tudo e joga fora – ou algumas vezes, o próprio supermercado, no fim do dia, não consegue vender e descarta aquela produção."
O economista da agência afirmou que aproximadamente 30% dos cereais e quase 50% dos vegetais e frutas produzidos mundialmente acabam sendo perdidos.
Outro ponto citado foi que os países
desenvolvidos são os que mais desperdiçam comida. A agência defende ainda novas
tecnologias, melhores práticas e investimentos em infraestrutura para reduzir
as perdas de alimentos.
De acordo com um estudo apresentado pela FAO em maio:
- O mundo emergente e os países desenvolvidos desperdiçam aproximadamente a mesma quantidade de alimentos: 670 milhões de toneladas por ano nos países ricos e 630 milhões nos países em desenvolvimento;
- As médias de desperdício per capita também são muito maiores em países industrializados. Na Europa e América do Norte, cada pessoa desperdiça entre 95 a 115 quilos de alimentos por ano. Na África Subsaariana, a média per capita é de seis a 11 quilos.
Durante a Rio+20, o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, também alertou para o problema: “enquanto tivermos um bilhão de pessoas indo dormir toda noite com fome, não seremos capaz de dizer que vivemos em um mundo sustentável". Ele também elogiou o governo brasileiro pelo “FOME ZERO” citando o sucesso do programa.
por Juliane Galindo
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